[DISSERTAÇÃO] O CINEMA AMBIENTAL CONTEMPORÂNEO EM QUESTÃO: CRÔNICA DA LUTA POR RECONHECIMENTO DOS DIREITOS HUMANOS DE TERCEIRA GERAÇÃO

Titulo: O CINEMA AMBIENTAL CONTEMPORÂNEO EM QUESTÃO: CRÔNICA DA LUTA POR RECONHECIMENTO DOS DIREITOS HUMANOS DE TERCEIRA GERAÇÃO

Autor: Paulo César Da Costa Heméritas

Ano: 2011

RESUMO

Defesa de dissertação apresentada ao Centro de Ciências do Homem da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro como requisito parcial à obtenção do título de mestre em
Cognição e Linguagem A presente dissertação versa sobre a trajetória das produções de cinema sob viés ambiental realizadas a partir dos anos 60, gênese dos movimentos sociais “verdes”. O trabalho apresenta o diálogo entre as produções fílmicas e os conceitos de luta por reconhecimento e direitos humanos de terceira geração, reivindicações relativas à integridade do Ambiente.

Dissertação Completa: Dissertação – O Cinema Ambiental Contemporaneo em Questão – Autor Paulo C. da Costa Hêmeritas

UENF – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY
RIBEIRO – Campos dos Goytacazes – RJ

[DIVULGAÇÃO) Programa – Disciplina e Curso de Extensâo – Questões Agrárias, Ambiente e Multimeios

Titulo:  Disciplina e Curso de Extensão – Questões Agrárias, Ambiente e Multimeios.
1o Semestre / 2019
Professor Responsável:  Profa. Dra. Sonia Bergamasco
Professores Convidados:  Profa. Dra. Aline Vieira de Carvalho e Prof. Dr. Gilberto Sobrinho
Colaboradores/Pesquisadores:  Dr. Diego Riquelme, Dra. Kellen Junqueira, Dr. Marcelo Pupo, Doutoranda. Janaína Welle, Dra. Jennifer Jane Serra, Dra. Márcia Maria Tait, Alesandro Poeta e Luciana Henrique da Silva
Local:  Nepam/UNICAMP

Resumo/Objetivos: Proporcionar métodos e recursos técnicos e teóricos para a análise crítica da linguagem audiovisual e para a construção de narrativas audiovisuais. O programa privilegia questões relativas às narrativas e linguagem cinematográfica sobre o filme documentário, por meio da abordagem de conteúdos, realização de análises fílmicas e de exercícios práticos. As análises fílmicas e discussões realizadas durante o curso/disciplina serão baseadas em estratégias voltadas à produção coletiva sobre temas como movimentos sociais, cultura e política, meio ambiente e questões agrárias, promovendo também uma reflexão mais abrangente em torno de identidades coletivas populares e práticas audiovisuais engajadas.

A abordagem adotada parte de uma concepção da práxis como fundamento para os processos pedagógicos, o que implica na incorporação das expectativas e trajetórias pessoais dos participantes. Por isto, propõem-se momentos de reflexão-ação durante todo curso/disciplina e a divisão em grupos para definição e o desenvolvimento de projetos de realização audiovisual. Os projetos deverão estar alinhados com o formato e temas abordados durante o período e as condições objetivas de tempo-realização, ou seja, serão esperadas propostas de projeto de documentário em curta-metragem, com foco nas relações entre meio ambiente e sociedade, questões agrárias, movimentos sociais do campo e da cidade e outras temáticas levantadas durante o curso/disciplina.

Participação convidada Especial:
Apresentação de Alunos da Pós- Graduação: Experiências de produção e realização
Palestra aberta a Universidade em forma de Seminário.

 

PROGRAMAÇÃO – 1° Semestre 2019

Aulas Conteúdo Responsável
Aula 1

27/02/20192

 

 

Aula de Apresentação

Histórico e proposta curso

Apresentação da disciplina

Apresentação participante

Apresentação dos temas específicos que integram a temática da disciplina:

Multimeios e Sementeia: Márcia Tait

 

Kellen Junqueira

Diego Riquelme

Márcia Tait

 

Aula 2

06/03/2018

Introdução à linguagem audiovisual: na pesquisa e Extensão.

 

Janaína Welle

 

 

Aula 3

13/03/2019

 

Apresentação dos temas específicos que integram a temática da disciplina:

Questão Agrária: Profa. Sonia Bermasco

 

Sonia Bergamasco

 

Aula 4

20/03/2019

Apresentação dos temas específicos que integram a temática da disciplina: Profa. Aline

Tarefa 1 : Tema/Criar/Pensar uma imagem (individual)

Aline Carvalho

 

 

Aula 5

27/03/2019

Apresentação Tarefa N° 1. Escolha dos temas e divisão dos grupos Informar recursos materiais e humanos da disciplina.

Tarefa N° 2: Pesquisa sobre o tema com base na aula de produção

Tarefa N° 3: Argumento em grupo

Kellen Junqueira

Diego Riquelme

 

Aula 6

03/04/2019

Documentário, sub-representações e formas de empoderamento- como se dá a apropriação do audiovisual pelos movimentos sociais. Gilberto Sobrinho
Aula 7

10/04/2019

Introdução e Conceitos Básicos dos Processos de Produção do Audiovisual

 

Janaína Welle

 

Aula 8

17/04/2019

Introdução e Conceitos da Fotografia e Som

 

 

Diego Riquelme

Alessandro Poeta

 

 

 

Aula 9

24/04/2019

 

Metodologias do documentário

1.- Teoria da Montagem

2.- Apresentação tarefa: 05 minutos cada grupo.

3.- Discussão em grupo 10 minutos.

4.-Tarefa : Planejamento por grupo para os dias de gravação

 

 

Jennifer Serra

Kellen Junqueira

 

 

Aula

08/05/2019

 

Edição I – Teórica – Pratica

Aula prática-Software de edição:

– Proprietário (Premiere e Final Cut)

– Livre (Blender)

 

Alessandro Poeta

Diego Riquelme

 

Aula 11

15/05/2019

 

Gravações – Externas Estudantes com apoio professores
Aula 12

22/05/2019

 

Edição II – Pratica

Roteiro técnico de edição

Transcrição, decupagem e roteiro de edição.

 

Diego Riquelme

Alessandro Poeta

Aula 13

29/05/21019

Edição – Estudantes com apoio professores
Aula 14

05/06/2019

Edição Estudantes com apoio professores
Aula 15

12/06/2019

 

Pendências e questões sobre a edição/montagem

Avaliação do curso.

 

 

 

Apresentação Relato de processo dos grupos

Tarefa 5: Postagem na Sementeia.org do Vídeo e do relato de processo.

 

Todos
Aula 16

19/06/2019

 

Apresentação final: dos vídeos pela

Sementeia.org

 

Todos

(ARTIGO) A formação de Pesquisadores e Profissionais do audiovisual: o papel da universidade e do mercado.

Titulo: A Formação de Pesquisadores e Profissionais do Audiovisual: o papel da universidade e do mercado.

Autora: Doris Fagundes Haussen*

Ano: 

A discussão sobre o perfil do profissional de audiovisual a ser preparado pelas Escolas de Comunicação passa, inevitavelmente, pela discussão sobre o mercado em que estes profissionais irão se inserir. Neste sentido, faz-se necessário uma avaliação sobre o contexto cultural mais amplo, a população, a indústria cultural instalada, as escolas de comunicação existentes, as diretrizes curriculares, entre outros fatores.

No caso brasileiro, a população é de cerca de 160 milhões de habitantes, sendo que 85,1% dos lares possuem TV. Das seis grandes redes de televisão do país, a Globo cobre 99,99% do território, o SBT, 97,46%, a Bandeirantes, 91,66%, a Manchete, 72,80%, a Record, 69,02% e a CNT, 41,00% (Fonte: Revista da Mídia, 1997). A Globo possui 104 repetidoras próprias, 832 retransmissoras próprias, 1474 retransmissoras de prefeituras, 266 de outros em geral, 502 por satélite. No total, possui 3178 pontos de retransmissão (Fonte: Simon.P.(rel.)(1998).

Por seu lado, a TV segmentada conta com a MTV, de música jovem, que alcança mais de 250 municípios brasileiros; a Rede Mulher, destinada ao público feminino, adulto, que retransmite para todo o país por TV a Cabo e canal aberto por satélite; a Rede Vida, dirigida à família, atingindo mais de 150 municípios e 600 localidades com retransmissoras secundárias; o Canal 21, de prestação de serviços, dirigido ao interior de São Paulo, e a CBI, também de serviços, cobrindo 26 municípios do interior de São Paulo, entre outras.(Fonte: Revista da Mídia,1997). Os canais de TV por assinatura têm a sua penetração maior no sudeste (39,95%) e sul do país (13,16%), havendo 55 cidades com TV a Cabo e nove cobertas pelo sistema MMDS (a TVA conta com 270 mil assinantes) (Fonte: Simon, P.(1998)). Neste setor, atualmente os grupos regionais estão vencendo a maioria das licitações devido ao recuo dos grandes grupos operadores – Abril e Globo.

Segundo análise da EPCOM/Internet(1998), com as crises internacional e brasileira, o mercado nacional de TV por assinatura, que chegou a ser considerado o melhor do mundo, pelas possibilidades de expansão, entrou em recesso, com inadimplência e perda de assinantes. Também contribuiu para a retração a dificuldade de obtenção de financiamentos no mercado internacional, e a privatização da Telebrás que, além de absorver investimentos, terá as novas empresas privadas atuando fortemente no mercado de transmissão de dados e provimento de serviços de acesso à Internet, segmento em que as operadoras de TV por assinatura pretendiam entrar. No entanto, os grupos Globo e Abril continuam dominando o mercado de programação e controlando os pacotes que as operadoras terão no Brasil para oferecer. “Ocorre assim no país, uma tendência internacional: as empresas regionais e independentes bancam os investimentos iniciais, desbravam os mercados para, depois, sem possibilidade de resistir, serem adquiridas pelos grandes conglomerados” (idem).

Os canais comunitários, por sua vez, encontram-se em fase de expansão. Uma experiência interessante está sendo realizada na região do ABC paulista. A Canbras, empresa do grupo Bell Canadá, que é a operadora de TV por assinatura da região, lançou no último mês de junho, o Canal ABC 3, que está sendo operado pelos próprios moradores da região que fazem a cobertura dos acontecimentos de interesse geral da população. O investimento foi de 500 mil reais.(Fonte: Epcom/Internet). Quanto ao Rádio, 89,3% dos domicílios brasileiros possuem receptores. O número total de emissoras é de 2.961, sendo 1574 em ondas médias, 1275 em FM, 80 em ondas tropicais e 32 em ondas curtas. Há em torno de 10 grandes redes em AM e FM que operam de 12 a 44 emissoras por grupo, além de redes menores e de emissoras isoladas (Revista da Mídia). Em relação ao cinema, há cerca de 1500 salas de exibição no país com aproximadamente 200 filmes estreando por ano. Destes, 93% são estrangeiros, sendo 63% provenientes dos Estados Unidos e 7% nacionais (Reis e Silva, 1998).

Com referência à indústria fonográfica brasileira, trata-se da sexta no contexto mundial sendo que a produção nacional é de cerca de 70% (sem incluir a “pirataria”). Com a crise atual, no entanto, há tendência destes dados serem reduzidos em cerca de 30% (Maya Ricardo, 1998). Neste sentido, há também uma preocupação por parte das companhias fonográficas devido à fragmentação do gosto dos consumidores, decorrente das novas formas de acesso aos produtos. Conforme a Federação Internacional das Indústrias Fonográficas (IFPI), diariamente são baixadas pelas Internet três milhões de trilhas sonoras, na maior parte pirateadas. Esta prática tende a se disseminar com a iminente comercialização de pequenas máquinas portáteis que permitem aos consumidores armazenar músicas obtidas via rede. E, para enfrentar estes novos produtos, as empresas já estão desenvolvendo equipamentos similares. A tecnologia, portanto, está alterando todo o panorama desta indústria e, também, do mercado.

Outro setor que atua com o audiovisual, o da Publicidade e Propaganda, no caso brasileiro, possui um levantamento das agências efetuado pelo Sindicato da área. No entanto, estes dados referem-se apenas às agências filiadas. Por outro lado, segundo a publicitária Maria da Graça Celente (1998), é praticamente impossível indicar um número correto uma vez que, diariamente, são criadas – e também fecham – agências no país. No caso do Rio Grande do Sul, um dos Estados brasileiros, este número está em torno de 400. Trata-se, portanto, de um mercado expressivo.

Em relação às Escolas de Comunicação brasileiras, segundo dados da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (1998), há 152 Instituições que oferecem cursos de Comunicação, com 266 habilitações, sendo 93 de Jornalismo, 81 de Publicidade/Propaganda, 23 de Radialismo, 5 de Cinema, 3 de Editoração e 55 de Relações Públicas. Assim, os programas de audiovisual são trabalhados, na maioria das vezes, dentro dos cursos de Jornalismo e de Publicidade/Propaganda.

Brevemente, este é o panorama. No entanto, o fundamental, no caso específico, é a reflexão sobre o papel das escolas enquanto formadoras de profissionais e pesquisadores para esta realidade. A discussão não é nova. O atual, é a rapidez com que a tecnologia evolui e praticamente atropela a academia, num contexto em que a convergência das tecnologias tradicionais associada às inovações do setor exige um novo produtor (e um novo decodificador) destas linguagens. Por outro lado, da década de 70 em diante e, particularmente nos anos 90, houve uma explosão de abertura de novos cursos de Comunicação no país, com uma crescente procura pelos mesmos, embora ocorra uma saturação do mercado tradicional.

Sobre os pedidos de abertura de novos cursos no Brasil, Faro(1998) refere-se à proliferação descontrolada: “das regiões mais distantes do país, algumas com carências materiais formidáveis, brotam processos mal-articulados e precariamente fundamentados que acenam com centenas de vagas”, a maior parte dirigida às habilitações de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas. Ainda conforme o autor, na maioria dos casos trata-se de cursos mal-aparelhados do ponto de vista de suas estruturas laboratoriais , bem como da qualificação e do regime de trabalho do corpo docente. Uma das causas estaria na expansão do ensino privado que, com as exceções à regra, visaria mais o lucro do que o aprimoramento e a prática das respectivas áreas.

Outra crítica apontada por Faro refere-se à superficialidade da definição do perfil (e do número) dos profissionais que se pretende formar e que tem pouca relação com as características quantitativas e qualitativas do mercado das regiões em que os cursos se encontram instalados. Há referência, ainda, às raras inovações no campo didático-pedagógico e às lacunas teórico-conceituais “inter, multi e transdisciplinares que o ensino universitário cobra hoje de todas as áreas do conhecimento”.

O objetivo deste trabalho não é analisar apenas esta vertente do fenômeno, já abordada por outros autores (Marques de Melo, 1991; Andion, 1991;Navarro, 1991, entre outros). O objetivo aqui é o de refletir sobre o profissional – multimídia – que deverá atender às novas demandas e sobre o pesquisador que irá estudá-las, bem como a sua preparação pela Universidade no atual contexto. Afinal, quem é este novo personagem?

A multimídia é considerada como um conjunto de possibilidades de produção e utilização integrada de todos os meios da expressão e da comunicação, como desenhos, esquemas, fotografias, filmes, animação de textos, gráficos, sons, animados e coordenados por programas de computador. Por outro lado, estas novas tecnologias provocam profundas mudanças em padrões da sociedade, na medida em que aceleram o ritmo de vida das pessoas que dispõem, cada vez mais, de possibilidades de se informar. As noções de tempo e espaço deixam de ser barreiras, alterando a vida cotidiana de todos. A multiplicidade dos meios de comunicação, sua disponibilidade e a quantidade de informações geradas trazem, assim, a necessidade de um novo perfil para o profissional da área que, além do domínio técnico, necessita compreender este fenômeno como uma estrutura interligada. Um profissional multimídia, enfim.

Neste sentido, é preciso entender este universo não apenas como uma conexão entre computadores e suas possibilidades mas como um processo de interação entre mídias múltiplas, com diferentes linguagens. Assim como há necessidade deste novo profissional, as Escolas de Comunicação precisam alterar a sua visão e tornarem-se aptas a formar este novo perfil. Neste sentido, além da competência necessária a cada área profissional há a necessidade da compreensão desta realidade mais ampla e múltipla.

O profissional multimídia, por estar envolvido com uma atuação conjunta nos diversos meios de comunicação, que unem as características de cada veículo em uma só linguagem, precisa, assim, ter a noção de todo o processo da comunicação. Ao mesmo tempo, além desta necessidade de ser abrangente, precisa ser um especialista em determinados temas e habilidades uma vez que o mercado é cada vez mais segmentado, exigindo, portanto, profissionais profundamente qualificados.

Este novo perfil profissional, por outro lado, também deverá alterar, no caso brasileiro, a própria legislação da área. Uma legislação muito rígida e corporativa, condizente com outros tempos. Esta necessidade do profissional de transitar por diversas áreas, uma possibilidade alavancada pela própria tecnologia, vai necessariamente provocar alterações. Principalmente no caso do Jornalismo e do Radialismo, por exemplo, em que um locutor de rádio não podia ser redator ou que um repórter de televisão não podia apresentar um telejornal. Embora a legislação continue vigente, ela já está sendo ignorada.

É neste sentido que as Escolas de Comunicação necessitam reavaliar as suas diretrizes curriculares e uma nova legislação deve ser elaborada. Levando em conta não mais a necessidade de “amarrar” mas apenas de nortear o setor da área. Considerando, assim, que este novo profissional multimídia, além de dominar o sentido mais amplo das tecnologias deve transitar pelas diversas áreas, seja de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Radialismo, Cinema, Editoração, ou Relações Públicas, seja de novos cursos que deverão ser criados.

Os professores do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade de Comunicação Social da PUC do Rio Grande do Sul, por exemplo, discutem atualmente as alterações que deverão ser feitas. E  têm por objetivo desenvolver um curso que forme especialistas na área, mas com  uma visão generalista, “que perceba as mudanças no mercado mas que conjugue a cultura da academia com a mercadológica, podendo agir de forma crítica e transformadora”.

Uma proposta concreta foi apresentada pelo cineasta e professor Carlos Gerbase (1998:41). Para ele,” a imagem não pode ser assunto apenas dos profissionais que as fabricam nos estúdios e dos intelectuais que as dissecam nas academias”. Segundo o cineasta, o estudo da imagem deveria constar no currículo mínimo do ensino de primeiro grau. Para que desde a infância se iniciasse esta “pedagogia da imagem” já que na sociedade tecnológica atual o processo do conhecimento passa, inevitavelmente, por ela.

Neste sentido, Gerbase (p.44) propõe algumas “lições básicas”: desconfiar da imagem – ela é manipulável; aprender os truques de edição; perceber a integração das tecnologias e quem as domina; identificar o texto escrito da Comunicação que aproxima o Jornalismo e a Publicidade, tornando a ideologia mais opaca – mas isto não vale para a imagem, em que a ideologia é transparente. Por fim, e o mais importante, segundo o cineasta, é de que há esperança. Existem jornalistas, publicitários, jornais e agências de publicidade, no seu entender, que se importam com a verdade. “Ainda é possível ler versões diferentes da mesmas notícia, ou ver anúncios que educam ao mesmo tempo que vendem. Ainda dá para ir ao cinema, ligar a TV e ver um bom programa. Ainda não estamos condenados ao império da imagem telecomandada”

 NOTAS E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDIÓN, Maurício. La Formación de Profesionales en Comunicación. In Revista Dia-logos de la Comunicación (1991), Lima, Felafacs.

APPEL, Ellen (1997). O Novo Profissional para todas as Mídias. Porto Alegre, Famecos/PUCRS, monografia de conclusão do Curso de Jornalismo.

EPCOM/Internet. Porto Alegre, Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação, 18/11/98, acesso@acessocom.com.br

FARO, J.S.(1998). Cursos de Comunicação vivem impasse delicado.In Observatório da Imprensa, 05/11/98, http://www2.uol.com.br/observatorio/

GERBASE, Carlos . Por uma Pedagogia da Imagem. In Levacov, M… et al.(1998) Tendências na Comunicação. Porto Alegre, L/PM.

MELO, J. Marques de. Modernidad o Anacronismo? El dilema de las Escuelas en Brasil. In Revista Dia-logos de la Comunicación (1991), Lima, Felafacs.

MAYA RICARDO, M. Indústria fonográfica: “Mim gosta ganhar dinheiro”. In Revista Famecos, n.8, 1998, Porto Alegre, Edipucrs.

MEC – Ministério de Educação(1998). Dados de 1996 dos cursos de Comunicação Social no Brasil. Brasília, Sesu/MEC.

NAVARRO, Raul Fuentes. Practicas Profesionales y Utopia Universitaria: notas para los comunicadores sociales: entre la crítica y el mercado? In Revista Dia-logos de la Comunicación (1991), Lima, Felafacs.

REIS E SILVA, J.G.B. (1998) El sector Audiovisual en Porto Alegre. Análisis introductorio de sus agentes y estructuras. La Rábida, I Maestria en Comunicación e Industria Audiovisual.

Revista  Mídia Dados 97. (1997), São Paulo, Grupo de Mídia.

SIMON, Pedro, senador (relator) (1998). Rádio e TV no Brasil. Diagnósticos e Perspectivas. Brasília, Senado Federal.

ENTREVISTA

CELENTE, Maria da Graça. Publicitária. Depoimento à autora em Porto Alegre, 19/11/98.

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*Jornalista, professora de Radiojornalismo das Faculdades de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.

 

[REVISTA – DIALOGO EDUCACIONAL] – O cinema como componente didático da educação ambiental

Titulo: O cinema como componente didático da educação ambiental – ARTIGO

Autores: Fernando Zan Vieira e Ademir José Rosso

Ano:

Resumo: O artigo analisa a utilização do cinema na educação ambiental (EA). Discute-se a adequação dos filmes aos alunos e o papel mediador do professor ao propor atividades associadas a exibição de filmes na sala de aula. São apontados princípios para a utilização do cinema de impacto ambiental na promoção da EA, avaliação da recepção dos filmes, o aprendizado, a aquisição de novos valores ambientais e a mudança de atitudes. As informações obtidas e analisadas com os alunos participantes indicam o efeito positivo do cinema na aquisição de conhecimento, mudança de atitudes e valores diante do meio ambiente.

Link: Artigo – O cinema como componente didático

DOI: http://dx.doi.org/10.7213/rde.v11i33.4432

[LIVRO) – PROCESSOS CRIATIVOS EM MULTIMEIOS [recursos eletronicos]: tendências contemporâneas no audiovisual e na fotografia.

Titulo: PROCESSOS CRIATIVOS EM MULTIMEIOS [recursos eletronicos]: tendências contemporâneas no audiovisual e na fotografia.

Autores: Carla C. da Silva Paiva, Juliano J. Araújo, Rodrigo R. Barreto – (Orgs.)

Ano: 2012

Resumo: Esta publicação traz análises da produção imagética em diferentes espaços de realização, interpretação e recepção. Tais projetos criativos – guiados por  diferentes sentimentos, origens socioculturais, vinculações políticas e ideologias – são terreno fértil para a pesquisa desenvolvida segundo as diretrizes interdisciplinares da linha de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Multimeios da Universidade Estadual de Campinas, cujo horizonte teórico e metodológico busca discutir as relações artísticas, sociológicas, históricas, antropológicas, pedagógicas e políticas na produção ficcional, documental e experimental. Nesta coletânea, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos do programa contribuem para sublinhar a consistência alcançada pelo referido programa, que, em 2013, completa vinte e seis anos de existência. A obra em questão se trata de uma compilação de artigos de variados autores

Link: Compilação de Artigos – Processos_criativos_em_Multimeios

https://econtents.bc.unicamp.br/omp/index.php/ebooks/catalog/book/978-85-8578-32-80

(LIVRO) – Desastres Naturais : conhecer para prevenir

Titulo: Desastres Naturais : conhecer para Prevenir
Autores: Lidia K. Tominaga, Jair Santoro, Rosangela do Amaral
Ano: 2019 – Instituto Geologico – SMA
APRESENTAÇÃO: Os Desastres Naturais constituem um tema cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, independentemente destas residirem ou não em áreas de risco. Ainda que em
um primeiro momento o termo nos leve a associá-lo com terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas, ciclones e furacões, os Desastres Naturais contemplam, também, processos e fenômenos mais localizados tais como deslizamentos, inundações, subsidências e erosão, que podem ocorrer naturalmente ou induzidos pelo homem. Responsáveis por expressivos danos e perdas, de caráter social, econômico e ambiental, os desastres naturais têm tido uma recorrência e impactos cada vez mais intensos, o que os cientistas sugerem já ser resultado das mudanças climáticas globais.
No Estado de São Paulo, e no Brasil de uma forma geral, embora estejamos livres dos fenômenos de grande porte e magnitude como terremotos e vulcões, são expressivos o registro de acidentes e mesmo de desastres associados principalmente a escorregamentos e inundações, acarretando prejuízos e perdas significativas, inclusive de vidas humanas. Embora o tema seja objeto de diversas publicações em várias partes do mundo, no Brasil ainda carecemos de uma obra que reúna a questão de desastres em um mesmo material. A presente publicação constitui, assim, uma primeira contribuição no sentido de reunir, em um único volume, os diversos aspectos que balizam as ações de prevenção de desastres naturais. Para tanto, procurou-se reunir conceitos, terminologias, métodos de análise, e aplicações que possibilitam um entendimento dos cenários potencialmente favoráveis à ocorrência de acidentes e desastres, bem como que sirva para subsidiar os agentes envolvidos na análise, gerenciamento e intervenções de áreas de risco ou potencialmente perigosas.
Além disso, foi dada ênfase aos processos e fenômenos típicos do Estado de São Paulo e do Brasil. A publicação, em seu capitulo inicial, aborda a conceituação e classificação dos desastres naturais e apresenta um panorama geral da ocorrência de desastres naturais no mundo, no Brasil e no Estado de São Paulo. Na sequência, nos capítulos 2 a 8, são apresentados os principais fenômenos geoambientais relacionados aos desastres naturais, seus mecanismos e as medidas de prevenção. No capítulo 9, discorre-se sobre os conceitos básicos de perigo e risco e os métodos empregados na análise e mapeamento de risco, instrumentos técnicos fundamentais na prevenção e na gestão de desastres naturais. Finalizando, no último capítulo, são tratadas as ações de gerenciamento de desastres naturais adotadas em âmbito municipal, estadual e nacional, apresentando as diversas experiências de prevenção e mitigação de desastres no Brasil com destaque aos planosdesenvolvidos e adotados no Estado de São Paulo.
O Livro – Desastres Naturais: conhecer para prevenir – é resultado da experiência de técnicos e pesquisadores do Instituto Geológico, da SMA, que a cerca de vinte anos tem desenvolvido pesquisas e atividades sobre o tema. A atuação do IG no assunto tem se ampliado e consolidado a cada ano, permitindo que a Instituição atue de forma expressiva 32085002 miolo.indd 9 19/1/2010 10:59:08 e aplicada em apoio à prevenção de Desastres no Estado e no País. Os trabalhos associados a escorregamentos já estão consolidados na região da Serra do Mar, na região do ABC, na região de Sorocaba e mais recentemente nas regiões do Vale do Paraiba e Serra da Mantiqueira, no Estado de São Paulo. Além disso, o IG tem desenvolvido ações nos temas erosão, continental e costeira, subsidências, e recentemente associados a inundações nas regiões de Ribeirão Preto e Araraquara.
Esta experiência adquirida, ao longo de 20 anos, permitiu que o Instituto atuasse com destaque no Estado de Santa Catarina, em apoio aos desastres ocorridos em novembro de 2008. Além das ações diretamente relacionadas ao gerenciamento e enfrentamento das situações de riscos e dos acidentes, os trabalhos do IG no tema aplicam-se também às ações e instrumentos de gestão ambiental e de ordenamento territorial do Estado, implementados no âmbito da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA). Com esta publicação, esperamos contribuir para que, técnicos, gestores e público em geral possam obter uma visão abrangente que envolva os processos perigosos, os impactos possíveis, a forma de análise, os instrumentos de gestão e as ações mitigadoras que se apliquem a prevenção de Desastres Naturais. Ressaltamos, por fim, que esta publicação integra um conjunto de materiais de divulgação sobre o tema e que reflete a experiência acumulada no Instituto Geológico, em trabalhos junto a SMA e a Defesa Civil do Estado de São Paulo.
Francisco Graziano Neto Ricardo Vedovello
Secretário de Estado do Meio Ambiente Diretor do Instituto Geológico
Link: arquivo.ambiente.sp.gov.br/publicacoes/2016/12/DesastresNaturais.pdf

(CURSO) – Educação Ambiental e Mudanças no Clima para Gestores – Modulo 1 – O mundo se une contra os efeitos da Mudança do Clima para Gestores.

Titulo: CURSO Educação Ambiental e Mudanças no Clima para Gestores – Modulo 1 – O mundo se une contra os efeitos da Mudança do Clima

Autores: Ministerio do Meio Ambiente – (pags. 41)

Apresentação: Olá! Seja muito bem-vindo(a) ao curso Educação Ambiental e Mudanças no Clima para Gestores. Bom, o presente curso de Educação a Distância (EaD) oferecido pelo Departamento de Educação Ambiental (DEA) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) tem como público-alvo os gestores estaduais e municipais. Ao priorizar o público-alvo, levamos em consideração que o início dos mandatos dos prefeitos e vereadores eleitos teria como um dos desafios o cumprimento das metas do Acordo de Paris e, como oportunidade, realizar iniciativas inovadoras de adaptação à mudança do clima e medidas políticas que podem gerar novas oportunidades de trabalho. Tem muita coisa sendo feita! Não será possível mostrar todas as iniciativas que os estados e municípios estão implementando dentro da carga horária estabelecida, pois cada instrumento de planejamento urbano e territorial demandaria um curso específico. Vamos procurar dar uma visão geral do que está acontecendo em termos de políticas sobre mudança do clima nos estados bem como os desafios e oportunidades que os municípios enfrentam neste contexto. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em julho de 2015, a estimativa da população no Brasil era de 204,5 milhões de habitantes distribuídos pelos 5.570 municípios que compõem as 27 Unidades da Federação (UF). Com uma distribuição populacional espacialmente desigual, temos, por exemplo, o estado de São Paulo com 21,7% da população total do país e o estado de Roraima que representa apenas 0,2% deste universo. É necessário distinguir as especificidades regionais, os diferentes conhecimentos, aportes tecnológicos e capacidade de gestão dos municípios brasileiros para implementar políticas públicas de baixo carbono. É com esta perspectiva que vamos oferecer este curso. Inicialmente, mostraremos a você as diretrizes dos documentos internacionais para minimizar os impactos da mudança do clima, como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o Acordo de Paris. Na sequência, vamos mostrar a articulação dos municípios, algumas plataformas que medem emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), alguns instrumentos de planejamento territorial e gestão de risco, o papel das cidades e as especificidades regionais que impõem medidas e políticas diferenciadas de gestão socioambiental. Terminaremos mostrando algumas ações que podem ser inseridas dentro dos planos municipais de gestão ambiental existentes. Em cada módulo, apresentaremos os conteúdos juntamente com vídeos, sugestões de leitura e no final, os exercícios de fixação para você se familiarizar com esta temática. Esperamos que aproveite os conhecimentos disponibilizados neste curso como subsidio à implementação das políticas de desenvolvimento sustentável de seu município. Antes de começarmos nossa caminhada, é importante analisarmos a forma como estruturamos o curso, visando a uma aprendizagem produtiva.

Vamos lá?

https://www.passeidireto.com/arquivo/62953614/o-mundo-se-une-contra-os-efeitos-da-mudanca-do-clima/5

https://ead.mma.gov.br/mod/page/view.php?id=73&forceview=1

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